Santa Catarina - A fumaça tóxica que se espalhou pela cidade de São Francisco do Sul, em Santa Catarina, começa a diminuir. Baixada a pueira, que fez 20% da população sair de casa, a perícia vai começar a investigar as causas da explosão em um galpão que armazenava uma carga de nitrato de amônio. A prefeitura informou nesta sexta-feoira que vai estudar o impacto do acidente e a localização dos imóveis próximos do armazém.
"Tivemos a notícia de que a reação química estava debelada por completo, mas ainda vamos manter o limite de 400 metros do foco da explosão, para assim ter o retorno gradativo da população", disse o prefeito Luiz Roberto. "O importante é que a segurança foi reestabelecida. A prerícia acontece após o fim do trabalho dos bombeiros. Queremos saber o que levou a combustão, e se teve prejuizo ao meio ambiente".
Luiz Roberto disse que a explosão deve ser apurada porque foi um acontecimento inédito. "Estamos revendo as casas ao redor e vamos afastar as areas próximas. Se for necessario, poderá ter realocações", informou. "O vento mudou de direção e tivemos que evacuar hospitais proximos", completou.
Isolamento de um quilômetro
Durante a operação, foi usado aproximadamente 1,5 milhão de litros de água. As equipes trabalham para fazer a limpeza do local. Representantes de órgãos ambientais, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), farão a avaliação das condições atmosféricas para definir quando a região será liberada para que moradores retornem às suas casas.
Por enquanto, está mantida a área de isolamento em um raio de um quilômetro. De acordo com a prefeitura, 800 pessoas estão desalojadas e recebendo assistência em um abrigo disponibilizado pela Secretaria de Assistência Social.
Situação de emergência
O acidente ocorreu por volta das 22h da última terça-feira, no galpão de uma fábrica de fertilizantes, no Bairro Paulas. A prefeitura decretou situação de emergência para acelerar as ações de assistência à população.
Mais de 150 pessoas buscaram atendimento em unidades de saúde após terem inalado a fumaça, entre elas dois bombeiros militares que trabalhavam para controlar o foco da reação química. Um deles, David Marcelino, de 59 anos, teve intoxicação aguda e precisou ser transferido para o hospital regional de Joinville.