Porto Alegre e Moscou - A Justiça russa ordenou a prisão preventiva da bióloga brasileira Ana Paula Maciel, do Greenpeace, que foi detida a bordo de um navio da ONG no norte do país nesta semana, juntamente com outros ativistas da organização não-governamental. Em uma audiência promovida ontem, as autoridades decidiram manter presos por dois meses os oito ativistas do barco Arctic Sunrise, que ainda precisavam depor — entre eles a brasileira.
O tribunal de Murmansk já havia ordenado na quinta-feira a prisão por dois meses dos outros integrantes. Ao todo são 28 ativistas da ONG, além de um fotógrafo e um cinegrafista que cobriam a ação. Em seu site oficial, o Greenpeace Brasil reiterou que vai recorrer da decisão.
Na Rússia, quem responde por pirataria pode ser punido com até 15 anos de prisão. O presidente russo Vladimir Putin admitiu na quarta-feira que os tripulantes do navio não eram piratas, mas que eles “violaram as normas da lei internacional”.
Segundo a mãe da brasileira, Rosângela Maciel, que mora em Porto Alegre, a filha não só participa das manifestações da organização ambiental, como trabalha e praticamente vive na embarcação que ajuda a conservar.