São Paulo - Foram liberadas, por volta das 6h30 desta terça-feira, 32 pessoas por participação nos atos de vandalismo que provocaram o bloqueio nesta segunda-feira à noite da Rodovia Fernão Dias, na região de Guarulhos. Segundo a Polícia Militar, cerca de 90 pessoas foram detidas e duas permanecem presas.
Durante o protesto, foram incendiados cinco automóveis, dois caminhões e dois ônibus. De acordo com Bruno Guilherme de Jesus, delegado de plantão no 39º Distrito Policial, na Vila Gustavo, algumas lojas foram saqueadas e uma pessoa, baleada.
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O delegado informou que as 32 pessoas foram liberadas por falta de provas e que apenas duas continuam presas por ainda não ter sido possível reconhecer suas identidades. O delegado aguarda a conferência das suas impressões digitais para que também sejam liberadas.
Segundo o delegado, pelo menos 20 detidos tinham passagem pela polícia, a maioria por roubo, furto e tráfico de drogas. O delegado informou ainda que os acusados poderão ter de responder por dano qualificado, incêndio e furto.
Morte de jovem de 17 anos foi o estopim para onda de protestos violenta
A morte do estudante Douglas Rodrigues, de 17 anos, no último domingo, causada por um disparo supostamente acidental feito por um policial militar, provocou uma onda de protestos violenta nesta segunda-feira na Rodovia Fernão Dias, na região do Jaçanã, na Zona Norte de São Paulo. Segundo a Polícia Militar, cinco ônibus e dois caminhões foram incendiados.
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O soldado, identificado como Luciano Pinheiro, de 31 anos, foi indiciado por homicídio culposo (sem intenção) e preso por determinação da PM. As manifestações se intensificaram no fim da tarde, após o enterro do estudante. Por volta das 19h20, um grupo de radicais dirigiu um caminhão-tanque pela rodovia. Depois de os primeiros veículos serem incendiados, a Polícia Militar chegou à região para dispersar os manifestantes.
A família do jovem morto diz que ele passava com o irmão de 12 anos em frente a um bar da Rua Bacurizinho, quando um PM que chegou ao local para averiguar uma denúncia atirou. O incidente gerou um violento protesto de moradores da Vila Medeiros, que incendiaram três ônibus, atiraram pedras em veículos e saquearam caminhões e comerciantes locais, no domingo.