São Paulo - O estudante Davi Alves Faustino, 12 anos, morreu na noite do último domingo, após sofrer mais de mil picadas de abelhas africanas enquanto fazia rapel com o pai, João Antônio Faustino, de 43 anos, na pedreira Degrava, no bairro Morro Vermelho, em Mogi Mirim (SP), que está desativada. O garoto chegou a ser socorrido ao hospital Santa Casa, pelos amigos que acompanhavam a descida, mas não resistiu aos ferimentos.
Já o pai teria recebido aproximadamente 300 picadas, passou por atendimento médico e recebeu alta, no domingo, e pode acompanhar o enterro do filho no Cemitério Colina das Flores. Segundo os familiares, o pai é habilitado e há mais de dez anos realizava esporte de aventura pela região. Porém, era a primeira vez que desbravava a pedreira do Morro Vermelho. Eles disseram ainda que Davi sempre o acompanhava, desde quando tinha 9 anos de idade e adorava adrenalina.
Aos bombeiros, o pai informou que eles desciam o paredão da pedreira por volta das 15h do domingo, quando começou o ataque por um enxame de abelhas. Isso obrigou a interromper a descida e então começaram a subir. O menino, em estado ruim de saúde, foi logo socorrido pelos amigos. Já o pai tentou seguir ao hospital dirigindo, mas as abelhas o acompanharam até dentro do veículo impossibilitando a direção. Foi quando parou, telefonou e pediu ajuda aos bombeiros.
O chefe da Divisão dos Bombeiros de Mogi Mirim, Igino Bianchi Neto, informou que era comum as pessoas utilizarem o paredão para se aventurarem. No entanto, o local foi ficando perigoso devido a acidentes constantes e as pessoas pararam de ir. "É muito perigoso lá. Já registramos mortes por afogamentos e quedas" , disse o bombeiro.
Em relação ao ataque das abelhas, ele informou que é a primeira morte registrada por este motivo. "O dia estava muito quente e o sol bate direto no paredão. Com esta situação, qualquer ato, por menor que seja, se torna uma ameaça a colmeia, que pode conter mais de 10 mil abelhas" , explicou.