Ribeirão Preto - O menino Joaquim pode ter morrido devido a um erro de aplicação de insulina, disse o delegado seccional João Osinski Júnior diretor do departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter-3). Segundo ele, a necropsia feita pelo Instituto Médico Legal (IML) não apontou sinais de violência no corpo da criança de três anos.
O delegado pediu, com urgência, os laudos toxicológicos que apontam se havia ou não excesso de insulina no corpo do menino. Joaquim era diabético e era tratado com a substância deste setembro.
A mãe de Joaquim, Natália Ponte, e o padrasto dele, Guilherme Longo, são os principais suspeitos pelo desaparecimento do menino. Eles foram presos no domingo após o corpo ter sido encontrado no Rio Pardo, em Barretos (SP). "Não existia arrombamento na residência", disse o delegado que descarta a participação de uma terceira pessoa no sumiço do menino.
De cordo com novo depoimento de Natália, Guilherme tentou se matar no domingo (3), dois dias antes do menino desaparecer. Longo tentou aplicar insulina em si mesmo. Natália também contou que sofria ameaças de morte por parte de Longo porque queria se separar dele, visto que ele havia voltado a usar cocaína.
Descartada morte por afogamento
O corpo do garoto foi encontrado pelo dono de um rancho, boiando no Rio Pardo, em Barretos, no início da tarde deste domingo. Ele havia desaparecido na madrugada da última terça-feira, de dentro da casa da mãe, em Ribeirão Preto..
Segundo Osinski, a criança vestia um pijama estampado idêntico ao descrito pela família no boletim de ocorrência registrado no dia do desaparecimento.
Exames iniciais feitos pelo IML revelaram, segundo Osinski Júnior, que o pulmão de Joaquim não apresentava água, o que descarta a possibilidade da morte por afogamento. O fato evidencia a suspeita de homicídio, já que a criança, de acordo com a polícia, foi jogada no córrego Tanquinho, nas proximidades da casa da família.