Por clarissa.sardenberg

Brasília - A secretaria-geral do PT não deve continuar sob o comando do deputado Paulo Teixeira (SP), da corrente Mensagem do Partido. Ao menos se depender do presidente petista, Rui Falcão, reconduzido ao cargo recentemente. A direção tem ressaltado que não existe qualquer menção no regimento do partido ao fato de a segunda força nas eleições internas - no caso, a Mensagem - indicar automaticamente o nome do secretario-geral.

A corrente já ocupava o cargo graças a um acordo com o ex-presidente do PT, José Eduardo Dutra, no PED (Processo de Eleição Direta) anterior. Havia sido indicado para a vaga o ex-prefeito de Guarulhos Eloi Pietá. Com a saída de Pietá, Teixeira o substituiu. Falcão, ao entrar no lugar de Dutra, teria mantido o acordo.

Quem vai escolher a comissão executiva do PT, em dezembro, são os novos integrantes do diretório. Mas deve ser sugerido para a secretaria-geral um nome do Movimento PT. Pela primeira vez, esse grupo deixou de concorrer à presidência e apoiou Falcão. A corrente tem entre seus integrantes a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, e os deputados Arlindo Chinaglia (SP), líder do governo; Marco Maia (RS), ex-presidente da Câmara; e Geraldo Magela (DF). Magela é o nome mais cotado, no momento, para assumir a secretaria. Falcão já havia avisado Paulo Teixeira de que o acordo para ocupar a vaga se encerraria no final deste mandato.

Outra questão lembrada pelos integrantes da chapa O Partido que Muda o Brasil - a vencedora - é que Lula havia pedido para Teixeira apoiar Falcão e não concorrer à presidência, mas ele seguiu na disputa.


Você pode gostar