Por bferreira
Brasília - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou ontem a imprensa por ter, segundo ele, superdimensionado o processo do Mensalão que resultou na condenação de ex-dirigentes do Partido dos Trabalhadores. As críticas de Lula foram feitas ontem durante a abertura do 5º Congresso do PT em Brasília, que contou com a participação da presidenta Dilma Rousseff.
O encontro, que vai rediscutir os caminhos da legenda, também analisou as alianças para as eleições do ano que vem em âmbito nacional e nos estados. O PT ratificou que qualquer candidato a governador terá que ser sacramentado pela direção nacional.
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Com Lula e Dilma no palco, a plateia gritou em coro: “Dirceu, guerreiro do povo brasileiro”, “Genoino, guerreiro do povo brasileiro”, e “Delúbio guerreiro, do povo brasileiro”.
Lula alfinetou a mídia ao comparar a pequena repercussão dada ao caso do helicóptero de um parlamentar tucano pego com cocaína a do emprego de Dirceu. “Se for comparar o emprego do Zé Dirceu no hotel com a quantidade de cocaína no helicóptero, pelo menos houve uma desproporcionalidade na divulgação do assunto”, disse Lula, em referência à cocaína apreendida na aeronave pertencente à família do senador Zezé Perrella (PDT-MG).
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O presidente do PT, Rui Falcão, disse que os petistas foram condenados injustamente e sem provas. Ele afirmou que o julgamento foi um “tsunami de manipulação”.
Prisão a outro condenado
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O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou ontem a prisão de mais um dos sentenciados no processo do Mensalão. Mandado de prisão para o ex-advogado de Marcos Valério, Rogério Tolentino, que mora em Belo Horizonte, foi expedido ontem à tarde. Ele deverá se apresentar hoje à Polícia Federal.
Antes de expedir o mandado de Tolentino, o Supremo havia decretado o fim do processo para ele e para o deputado Pedro Henry (PP-MT), cuja prisão também deverá ser decretada pelo STF. Ainda está pendente também a situação do deputado João Paulo Cunha (PT-SP).
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Tolentino foi condenado a 6 anos e 2 meses por corrupção ativa e lavagem e também questionou os crimes por meio dos infringentes. Até agora, são 15 os presos entre os 25 condenados no processo do Mensalão, entre eles o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Um está foragido, o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato.
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