Desembargador acusado de humilhar garçom é criticado nas redes sociais
Dilermando Motta se irritou por não ter gelo em seu copo. Magistrado também discutiu com cliente no estabelecimento
Por helio.almeida
Rio Grande do Norte - O desembargador Dilermando Motta, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJ-RN), virou alvo de críticas nas redes sociais. Um vídeo compartilhado na Internet mostra o magistrado discutindo com um garçom dentro de uma padaria de Natal.
Dilermano está sendo acusado de ter humilhado um garçom do estabelecimento no último dia 29. O profissional do estabelecimento foi afastado do trabalho e passou por consultas com psicólogos após a confusão envovendo o desembargador.
De acordo com Alexandre Azevedo, empresário que estava em uma mesa ao lado de Motta, o magistrado teria ficado irritado porque o garçom não colocou gelo em seu copo e gritou com o funcionário na frente dos outros clientes.
O empresário, então, decidiu intervir em defesa do garçom. Nos registros, Azevedo aparece exaltado enquanto grita com o desembargador e o chama de "safado" e "sem vergonha". O magistrado responde chamando-o de "cabra safado" e "endemoniado".
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"Não satisfeito com esse escândalo, este senhor [Motta] puxou o garçom pelo ombro e exigiu que lhe olhasse nos olhos e o tratasse como excelência, e disse que deveria 'quebrar o copo em sua cara'", afirmou Azevedo em nota divulgada após o episódio.
Em nota, o desembargador Motta negou ter humilhado o garçom ou praticado abuso de autoridade. "A verdade é que um simples e moderado pedido de esclarecimentos de um cliente a um garçom, que já havia sido solucionado, gerou uma reação de um terceiro com ameaças, gritos e total desrespeito ao público presente", disse.
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No momento da discussão, o desembargador convocou a Polícia Militar, que deslocou quatro carros para o estabelecimento. Ainda segundo Azevedo, o desembargador chegou a ofender os policiais, chamando-os de "um bando de cagão", pois estes não levaram o empresário até a delegacia.
Motta afirma ainda que "sem nenhum propósito revanchista, as medidas judiciais cabíveis serão adotadas". O episódio motivou a abertura de um abaixo-assinado contra o desembargador no site de petições online Avaaz, que contava nesta sexta-feira com quase 10 mil assinaturas.
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A assessoria de imprensa da padaria Mercatto lançou uma nota lamentando o ocorrido e declarando que a empresa "está oferecendo todo o suporte necessário ao funcionário envolvido".