Por helio.almeida
São Paulo - Em uma cerimônia que reuniu familiares e amigos, o corpo do cantor Nelson Ned foi velado e cremado na noite deste domingo, no cemitério Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, no mesmo dia em que morreu, no Hospital Regional de Cotia, também na região metropolitana. Ele estava internado desde sábado com pneumonia.
Parentes e amigos cantaram as músicas "Segura na mão de Deus" e "Porque Ele vive" durante o rito. Uma irmã do cantor puxou coro de "Tudo passará", maior sucesso de Ned, fazendo com que todos os presentes na capela do cemitério cantassem juntos. As cinzas do cantor deverão ser entregues para sua família nesta semana.
Nelson Ned morreu vítima de pneumoniaReprodução Internet

"O pequeno gigante da canção", apelido que recebeu por seu 1m12 de altura, se consagrou na década de 60 como uma das vozes românticas mais famosas do Brasil, e seu sucesso internacional veio com a gravação de vários discos em espanhol.

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Ídolo em países como Argentina, México e Colômbia, entre outros, Nelson Ned enfrentava problemas de saúde há vários anos e que se agravaram em 2003 quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC).
Como consequência do AVC, o intérprete de "Tudo passará" perdeu a visão de um olho e precisa se locomover com a ajuda de uma cadeira de rodas, além de enfrentar diabetes, hipertensão arterial e foi diagnosticado também com Mal de Alzheimer em fase inicial.
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Ned se converteu nos anos 90 à religião evangélica e, desde então, interpreta com sucesso músicas do gênero religioso, também em português e espanhol.
Com 45 milhões de cópias de discos vendidos em todo o mundo, Ned foi o primeiro latino-americano a vender um milhão de discos no mercado dos Estados Unidos, onde se apresentou junto com o espanhol Julio Iglesias e o americano Tony Bennett e no qual encheu três vezes o mítico Carnegie Hall, em Nova York.
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