Por thiago.antunes
Brasília - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de que seja aberta investigação sobre a denúncias de pagamento de propinas e formação de cartel para vencer licitações para os sistemas de trens urbanos e de metrô de São Paulo durante dos governos comandados pelo PSDB. A solicitação foi encaminhada com o inquérito do caso Siemens e pediu a continuidade das investigações.
Caberá ao ministro do STF Marco Aurélio Mello decidir se dará prosseguimento ao processo. O inquérito investiga um cartel que atuava no Metrô e na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e envolve políticos do PSDB . O caso que agora chega ao STF começou a ser investigado devido a um depoimento do ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer, que citou autoridades com foro privilegiado. Ele confessou ter pagado propina para vencer concorrências abertas por governos paulistas.
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Entre os citados como beneficiados pelo esquema de corrupção que teria sido instalados nos governos tucanos, têm foro os deputados licenciados Edson Aparecido (PSDB), chefe da Casa Civil do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin; Rodrigo Garcia (DEM), secretário de Desenvolvimento Econômico; José Aníbal (PSDB), secretário de Energia; e o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP).
Segundo a denúncia, a Siemens e outras empresas multinacionais participavam de um esquema de corrupção montado por políticos ligados aos governos de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB. Em troca de propinas, as empresas dividam entre fatias de licitações para fornecimento de trens e de equipamentos à Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e ao metrô de São Paulo, controladas pelo governo paulista.
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Na quinta-feira, em outro caso envolvendo acusação contra tucanos, o ministro do STF Luís Roberto Barroso, pediu a Rodrigo Janot, envie em 15 dias suas considerações finais do processo conhecido como Mensalão Tucano. O inquérito apura as denúncias de montagem, por Eduardo Azeredo, quando era goverandor de Minas pelo PSDB, e o publicitário Marcos Valério, de um esquema de desvio de dinheiro público para o partdio.