Ele afirmou ainda que o problema é mais grave quando há decisões em plenário, quando participam 11 ministros, do que nas sessões nas turmas, que não atraem tanta atenção. Nas turmas, disse ele, “a maior parte dos acórdãos nasce de consensos reais que resultam em decisões relativamente curtas e coerentes”, indicando que os votos longos seriam usados para aparecer mais tempo na tela da TV.
Mais cedo, em entrevista, Joaquim Barbosa já havia criticado colegas, ao dizer, citando a demora na assinatura do mandado de prisão do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), que as decisões deveriam ser corporativas e não individualistas. A crítica foi uma reação aos comentários negativos sobre o fato de sair de férias sem assinar o mandado, depois de rejeitar recurso do parlamentar e determinar a prisão.
O ministro disse ainda que não se preocupa com a opinião dos colegas do STF e nem se, com suas declarações, causa mal-estar na Corte. “Eu não me preocupo com nada disso. O que eu tinha que falar, eu já falei. Estou aqui seguindo a minha vida”, afirmou Barbosa.
O presidente do STF está de férias na Europa, mas sua programação no continente inclui palestras e entrevistas. Por isso, vai receber R$ 14 mil relativos a 11 diárias.