Por tamara.coimbra

São Paulo - A greve dos agentes penitenciários atinge 80 das 158 unidades prisionais paulistas, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira pelo Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindasp). A entidade estima que a paralisação, iniciada na segunda, conta com a adesão de 16 mil dos cerca de 30 mil servidores. Na manhã desta terça-feira, a direção do sindicato está reunida com representantes das secretarias de Administração Penitenciária (SAP) e de Planejamento e Desenvolvimento para discutir a pauta de reivindicações.

Eles pedem, entre outros pontos, aumento do quadro de agentes em pelo menos 30% para minimizar o déficit de funcionários, o fim da superlotação nos presídios e a restruturação da carreira, com a diminuição de níveis para promoção salarial. Os agentes querem também reajuste salarial de 20,64%, referente à inflação no período de 2007 a 2012, além de 5% de aumento real.

O Sindasp informou que agentes grevistas impediram nesta manhã a entrada de carros que fazem a transferência de presos para Martinópolis, a 540 quilômetros da capital. De acordo com a entidade, 14 carros saíram de penitenciárias que não aderiram ao movimento e encontraram resistência dos funcionários que estão paralisados. A Secretaria de Administração Penitenciária checa a informação.

Nas unidades que aderiram à greve, estão mantidas apenas atividades consideradas essenciais como alimentação, banho de sol, cumprimento de alvará de soltura e transporte de presos em caso de urgência médica. Em contrapartida, foram paralisadas atividades como atendimento de advogados, transporte para audiências em fóruns que não sejam julgamento, atividades externas dos detentos, como trabalho e escola.

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