Brasília - Mais de 50 pessoas se concentraram no final da manhã desta quinta-feira em uma das entradas do prédio da Câmara dos Deputados para reclamar sobre o serviço de telefonia no país e pedir providências ao Legislativo. Filiados à União Geral dos Trabalhadores (UGT) – central formada por mais de 1,1 mil sindicados –, os manifestantes carregavam cartazes e panfletos elencando os principais problemas enfrentados pelos usuários do setor, que ocupa o topo das listas de reclamações de entidades ligadas a defesa do consumidor.
Ricardo Patah, presidente da UGT, disse que, por representar mais de sete milhões de brasileiros, a central sindical tentou contornar situações junto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sem sucesso. Na quarta, Patah participou da comissão que foi recebida pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Segundo ele, a posição de Alves foi apoiar o movimento.
A comissão entregou à Alves um levantamento feito pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor em que aponta, por exemplo, defeitos no sistema 3G da telefonia móvel. “Como o país quer criar o 4G?”, questionou Patah.
Ao declarar “mais uma vítima da falta de qualidade da telefonia”, o presidente da Casa prometeu conversar com as operadoras que atuam no país. Patah confirmou que a reunião foi marcada para o dia 26 deste mês e a estratégia, caso não seja fechado um acordo, é reunir todos os projetos de lei em andamento na Câmara para tentar apontar uma saída para os problemas relatados por consumidores.
Na lista de demandas, os manifestantes pedem mais qualidade dos serviços, suspensão de venda de planos pelas operadoras com maior número de reclamações, melhoria na fiscalização e punição do setor, faturas mais transparentes, redução do valor da assinatura básica do telefone fixo e a participação dos trabalhadores nas decisões da Anatel.