Minas Gerais - Um homem foi preso com comprimidos de ecstasy escondidos na cueca a caminho do aeroporto de Confins, na MG-010, em Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte, nessa terça-feira. A droga foi adquirida na capital e seria entregue para um dos passageiros do terminal. Uma mulher, que acompanhava o suspeito, também foi presa.
De acordo com a Polícia Militar (PM), Edmilson Reis Domingos, 31, transitava pela via com uma passageira em um Honda Civic e foi abordado durante patrulhamento. Ele chegou a manter o carro atrás de um ônibus para se desvencilhar da polícia, mas não conseguiu.
Em busca pessoal, foram encontrados comprimidos brancos em um saco plástico, mantido dentro da cueca de Domingos. Dentro do veículo, outros sacos com outros comprimidos de cores diversas foram localizados. Domingos assumiu a propriedade do material, mas primeiro teria alegado que se tratava de estimulantes sexuais. Porém, depois entrou em contradição, informando serem comprimidos alucinógenos.
Além disso, contou que iria repassar os comprimidos para um homem conhecido como “Nem”. Foi feita perícia no material, que constatou ser ecstasy. Domingos afirmou ainda ter adquirido a droga no Shopping Oiapoque, no centro da capital, e que era lá também que recebia as encomendas.
O celular de Domingos também foi apreendido. Nele, a polícia encontrou mensagens como “não deu para te esperar, estou entrando no voo agora”, e o suspeito disse que elas foram mandadas pela pessoa que receberia a droga.
Domingos está detido no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Gameleira e a passageira Laina Cecília Lopes, 22, está presa no Ceresp Centro-Sul. A delegada Larissa Marçal da Central de Flagrantes de Venda Nova não acreditou que a mulher não tivesse ligação com o crime. "Ela estava na mesma situação que ele, dentro do veiculo que tinha droga", explicou.
Domingos teria tentado justificar a presença da moça, afirmando que teria ligado para ela o acompanhar, já que tinha muito tempo que eles não se viam. No entanto, em depoimento, ele teria falado que teria saído de casa apenas para fazer a entrega dos comprimidos.
Além disso, confessou que há cerca de três semanas teria conhecido a pessoa para quem deveria entregar o ecstasy e que combinou que receberia R$ 10 por cada comprimido. Ainda, teria dito que foi a primeira vez que fez esse tipo de serviço.
Segundo Larissa, o caso será encaminhado para a Delegacia Antidrogas que deve abrir inquérito para investigar quem pagaria pela droga e para onde a levaria.
Com informações de Fernanda Viegas