São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quarta-feira que desconhece qualquer tipo de atitude discriminatória nas ações da polícia no estado paulsita. Durante a inauguração de um parque tecnológico em Ribeirão Preto, o político aproveitou para apontar que a taxa de negros mortos pela polícia de São Paulo é quase 3 vezes maior que a de brancos, segundo apontou estudo da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Dados da pesquisa levaram em conta 734 processos da Ouvidoria da polícia reunidos entre 2009 e 2011, e revelam que 61% das 939 vítimas paulistas são negras; 97%, homens; e 77% têm de 15 a 29 anos. Já os policiais envolvidos são na maioria brancos (79%) e 96% atuam na Polícia Militar. A pesquisa completa da universidade será divulgada oficialmente no dia 2 de abril.
Em defesa da PM paulista, Alckmin exaultou o rigor pno preparo dos oficiais, e ressaltou leis que punem atos discriminatórios por motivo de raça ou cor no Brasil.
"A academia de Polícia Militar do Barro Branco, localizada na capital, é muito rigorosa. A formação dos nossos policiais é muito rigorosa. Há cursos voltados à questão de direitos humanos, respeito às pessoas. A polícia de São Paulo é extremamente preparada. Ela faz cumprir a lei, mas com respeito às pessoas", defendeu Alckmin.