Rio - A sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado que iria decidir a criação da CPI ampla da Petrobras – que além da estatal pretende investigar denúncias sobre o metrô de São Paulo e do Distrito Federal e atividades do Porto de Suape (PE) – foi adiada para quarta-feira. Após a leitura do parecer do senador Romero Jucá (PMDB-RR), favorável à CPI ampla, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) pediu o encerramento da reunião da CCJ.

O parecer de Jucá precisará ser aprovado pela CCJ e depois pelo plenário do Senado para que a CPI ampla possa ser criada e instalada. Os senadores do PSDB e DEM pedem uma CPI exclusiva para a Petrobras e protestaram contra a ampliação da investigação.
A oposição propôs uma CPI para investigar denúncias contra a Petrobras, envolvendo, entre outras coisas, a compra da Refinaria de Pasadena (EUA). Diante do requerimento da oposição, os governistas protocolaram na semana passada um pedido para criação de uma CPI mais ampla. Com dois pedidos na Casa, intensificou-se a disputa entre aliados e oposição.
Sobre o pedido do PSDB, o PT argumentava que a CPI não tinha fato determinado, porque reunia quatro assuntos diferentes. Jucá então rejeitou os dois recursos e opinou pela instalação de uma CPI que investigue assuntos propostos pela oposição e também pelos aliados do governo.
“Os temas propostos pela oposição para a criação da CPI estão dentro do pedido da CPI apresentado pelos governistas. Se não estivessem [os temas] eu iria propor a instalação de duas CPIs”, disse Romero Jucá, ao justificar sua decisão de propor uma comissão ampla. Jucá sugeriu retirar das investigações um dos temas proposto pelos governistas: o superfaturamento de convênios e contratos entre órgãos estaduais e municipais para a aquisição de equipamentos e desenvolvimento de projetos na área de tecnologia da informação utilizando recursos da União.