Por fernanda.magalhaes

Santa Catarina - A polícia de Santa Catarina liberou nesta terça-feira trechos do depoimento do segurança Leandro Emilio Silva Soares, 26, preso nesta segunda-feira por ter assassinado e esquartejado a jovem Mara Tayana Decker, 19, em Joinville. Ele se entregou à polícia e confessou o crime. A universitária foi encontrada morta no último sábado quando a mãe de Soares denunciou o filho à polícia mas a jovem estava desaparecida desde a quinta-feira. 

Mara Tayana Decker%2C 19%2C foi encontrada esquartejada em Joinville (SC)Reprodução Facebook

Segundo informações do delegado responsável pelo caso Paulo Reis, o homem disse que eles estavam entrando na casa dele no bairro Guanabara quando minutos depois ele revidou uma bofetada que teria levado da jovem aplicando-lhe uma gravata e asfixiando-a o que teria ocasionado sua morte. Soares afirmou que agiu em legítima defesa.

A polícia investiga a participação dele em outro crime, em circunstâncias semelhantes, ocorrido na cidade em 2010. Ele também responde a outros processos por violência contra mulheres.

A ex-mulher e uma ex-namorada do segurança foram ouvidas pela polícia e relataram histórias parecidas de ameaças de violência. Elas disseram que ele fantasiava matar e esquartejar mulheres e esconder seus corpos em malas. No caso de Mara, encontarda sem os braços e uma perna, ele pode não ter tido tempo de esconder o cadáver já que soube que sua própria mãe o denunciara, afirmou o delegado.

O acusado não tem advogado e não pode falar com jornalistas.

Câmeras de segurança do bar registram os últimos momentos da jovem

Mara estava em um bar no centro da cidade na última quinta-feira quando desapareceu por volta das 3h da madrugada. O segurança, um homem alto, negro e forte, saiu do local às 3h13h. Mara aparece em passos lentos segurando uma garrafa de bebida. Ela se abaixa como se estivesse procurando algo no chão e também sai do bar.

Para fazer a reconstituição das últimas horas da jovem, a polícia ouviu o taxista que pegou Mara e Soares no bar e os levou até a casa do suspeito.

O taxista disse que Mara não parecia agir obrigada. Segundo ele, a moça entrou no carro depois do homem e sentou-se no banco de trás. O segurança sentou no banco da frente.

No depoimento do segurança, ele disse que Mara o seguiu até o carro e ele a teria puxado para dentro do veículo pelos cabelos. O delegado afirma que, além de não coincidir com a versão do taxista, a versão do segurança é "fantasiosa".

Soares também teria dito que Mara era amiga de sua ex-mulher e que os dois se conheceram há um mês. A jovem teria ficado ao lado da amiga na separação e por isso, implicava com o segurança. Essas implicâncias teriam sido o motivo da bofetada na noite do desaparecimento.

Durante o enterro, neste domingo, o primo da jovem afirmou que ela e o suspeito não se conheciam.

Perícia

O delegado agora aguarda o laudo do Instituto de Perícias de Santa Catarina para saber se Mara foi estuprada e se foi a asfixia o que realmente a matou, como indicou a perícia preliminar.

Ainda falta apurar se ela morreu na quinta-feira quando desapareceu, como alega Soares, ou se foi na manhã de sábado quando foi encontrada morta e já estaria em cativeiro há 48 horas.

O segurança está preso em uma cela isolada no Presídio Regional de Joinville à disposição da Justiça.



Você pode gostar