Por felipe.martins

Três Passos (RS) -  O Ministério Público de Três Passos (RS) denunciou nesta quinta-feira quatro pessoas pela morte de Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, em 4 de abril: o pai, Leandro Boldrini; a madrasta, Graciele Ugulini; Edelvânia Wirganovicz; e Evandro Wirganovicz.

Os três primeiros são acusados de homicídio quadruplamente qualificado (por motivos torpe e fútil, emprego de veneno e recurso que dificultou a defesa da vítima) e todos por ocultação de cadáver. Leandro Boldrini foi denunciado ainda por falsidade ideológica.


Em entrevista convocada ontem para anunciar as conclusões do Ministério Público, a promotora Dinamárcia Maciel de Oliveira afirmou que não tem dúvidas de que Leandro Boldrini planejou a morte do filho. “Leandro, pai da vítima, é o mentor intelectual. Ele tinha o domínio do fato. A decisão da morte do filho foi dele. A prova existe”, afirmou ela.

Para o MP, o casal matou o menino para não dividir bens, incluindo imóveis, deixados pela mãe de Bernardo, Odilaine Uglione, que se matou em 2010. Já Edelvânia é acusada de ajudar no assassinato por dinheiro. Ela recebeu de Graciele R$ 6 mil e a promessa de ajuda para comprar um imóvel.

Segundo a denúncia, no dia do crime, a pretexto de pegar um aquário para ele, Graciele levou Bernardo a Frederico Westphalen. Lá, encontraram-se com Edelvânia e foram para a beira de um riacho, onde havia uma cova aberta por Evandro. A madrasta, que é enfermeira, aplicou, então, em Bernardo uma injeção da substância Midazolam em quantidade suficiente para matá-lo.

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