Por fernanda.magalhaes

Distrito Federal - Servidores do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) deram nesta sexta-feira um abraço simbólico no Museu Nacional de Brasília. A ação faz parte das atividades da greve dos trabalhadores da Cultura, que começou na última segunda-feira. Eles reivindicam equiparação salarial com os funcionários da Agência Nacional de Cinema (Ancine) e da Fundação Casa Ruy Barbosa, melhores condições de trabalho, maior participação nas políticas públicas do Ministério da Cultura (MinC), além da unificação da categoria.

Um dos organizadores do movimento, o servidor Michel Correia, 25, disse que os últimos acordos firmados pela categoria não foram cumpridos. “Em 2005, 2007 e 2011, assinamos acordos com o governo e vários desses pontos não foram cumpridos, como a criação de um plano de carreira, equiparação salarial entre diferentes órgãos da pasta e racionalização de cargos”, afirmou.

Servidores do Ministério da Cultura%2C em greve%2C fazem ato em frente ao Museu NacionalAgência Brasil/ José Cruz

Nesta quinta, no Rio de Janeiro, houve uma tentativa de negociação entre os servidores do Ministério da Cultura (MinC) com representantes da secretaria-executiva do órgão e da Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog). A reunião acabou sem acordo.

Durante o encontro, o Mpog disse que não vai autorizar aumentos salariais neste ano, para evitar impacto fiscal. O MinC informou, em nota, que pela terceira vez se reuniu com representantes da Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef) e acertou que “pontos mais específicos serão levantados para que o MinC possa fazer uma análise e dar continuidade às negociações”.

Segundo o presidente da Associação dos Servidores do Ibram (Asbram), André Angulo, a greve continua por tempo indeterminado. “O ministério fala que não está autorizado a dar nenhum aumento, não discutindo nenhum impacto no orçamento. Não chegamos a um consenso. Só propuseram a criação de um grupo de trabalho para ver acordos anteriores que não foram cumpridos desde 2007”, disse.

A greve paralisou atividades do setor em mais de dez estados. Treze dos 30 museus administrados pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), como o Museu Nacional de Belas Artes, no Rio, e o Museu da Inconfidência, em Minas, não funcionaram hoje nesta sexta-feira. Os servidores da Cultura em todo o país estão em greve desde a última segunda-feira.


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