Por tamara.coimbra
Ex-diretor da Petrobras%2C Paulo Roberto foi solto após 63 dias de prisãoGazeta do Povo

Brasília - O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, reconsiderou de parte da decisão tomada na noite de domingo, de libertar os presos da Operação Lava Jato, e manteve a prisão de 11 suspeitos, entre eles os doleiros Alberto Youssef, Nelma Kodama e Carlos Chater, além de Renê Luiz Pereira, acusado pelo Ministério Público Federal de movimentar recursos do tráfico de drogas.

A decisão foi tomada após um juiz federal do Paraná argumentar que havia risco de fuga para o exterior. 

Zavascki havia decidido que todos os detidos no âmbito da operação deveriam ser soltos e não poderiam deixar suas cidades. Mas apenas o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que estava preso na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba, foi solto.

De acordo com as investigações, Paulo Roberto é apontado como um dos chefes da quadrilha que movimentou mais de R$ 10 bilhões em operações de lavagem de dinheiro.

O ex-diretor da Petrobras teria ajudado empresas de fachada mantidas pelo doleiro Alberto Youssef a fechar contratos com a estatal.

A assessoria de imprensa do Ministério Público Federal do Paraná (MPF-PR) afirmou que analisa, em conjunto com a Procuradoria-Geral da República, a decisão de Teori Zavascki que determinou a libertação de Paulo Roberto Costa. Os procuradores ainda não definiram se irão tentar reverter a decisão de soltura do ex-diretor da Petrobras.

A operação Lava Jato, segundo a PF, desarticulou organizações que tinham como finalidade a lavagem de dinheiro em diversos estados do país. Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, foi preso pela Polícia Federal no final de março, acusado de destruir documentos que o envolveriam no esquema investigado pela Lava Jato.

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