Por tamara.coimbra

São Paulo - A cidade de São Paulo amanheceu tumultuada na manhã desta quinta-feira, com a greve dos metroviários de São Paulo, mas a situação começou a se acalmar com a abertura da metade das estações. De todas as 62 linhas espalhadas pela cidade, apenas 31 delas estão funcionando.

O Metrô-SP solicitou a Justiça que decrete a greve desta quinta como abusiva. O pedido foi protocolado no Tribunal Regional de Trabalho (TRT).

>>> Galeria: Usuários invadem estação de metrô em São Paulo

Para justificar aos chefes o motivo do atraso no trabalho%2C usuários do metrô de São Paulo tiram fotoReuters

Além disso, o TRT marcou para às 15h30 desta quinta-feira uma nova audiência de conciliação entre os metroviários e a direção do Metrô de São Paulo. Na reunião desta quarta, intermediada pelo TRT, não houve acordo e os trabalhadores entraram em greve nesta quinta-feira por tempo indeterminado. Os metroviários reivindicam reajuste de 16,5% e a empresa ofereceu na última reunião 8,7%.

Após a reunião no TRT, os metroviários farão uma assembleia para avaliar os desdobramentos da paralisação. A assembleia está prevista para começar às 17h, na sede do sindicato da categoria, no bairro do Tatuapé, na Zona Leste da capital paulista.

Confusão

A greve dos metroviários causou confusão, no início desta manhã, na Estação Itaquera, na Zona Leste, umas das mais movimentadas da capital paulista. Além do metrô, as portas da estação da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que deveriam funcionar normalmente, foram fechadas por medida de segurança.

Um grupo derrubou e quebrou grades para entrar na área de embarque dos trens da CPTM. Invadiram ainda a linha, fazendo os trens que passariam pela estação parar. A Polícia Militar foi chamada, mas ninguém foi preso.

Alguns usuários invadiram a estação Corinthians-Itaquera%2C revoltados com a greve do metrô em São PauloReuters

Os moradores da Zona Leste que tentaram utilizar os ônibus disponibilizados pela São Paulo Transporte SPTrans também encontraram dificuldades para enfrentar a lentidão no trânsito. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego, a cidade registrou 245 quilômetros de congestionamento no início da manhã. A paralisação prejudicou 4,6 milhões de usuários.

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