Por tamara.coimbra

São Paulo - Professores, funcionários e alunos da Universidade de São Paulo (USP) bloqueiam a entrada do campus do Butantã, na zona oeste da cidade. O protesto foi organizado com o objetivo de chamar a atenção para a greve na instituição, que já dura 15 dias.

Segundo Magno de Carvalho, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), a categoria reivindica reajuste salarial de 10%, a suspensão do corte de 30% na verba destinada ao ensino e à pesquisa e a contratação de professores e funcionários.

“Essa é uma luta de professores, funcionários e estudantes, e é uma luta de todos porque a USP é um patrimônio do povo brasileiro. Quem sustenta isso aqui é o povo, cuja maioria não tem nem como entrar na universidade”, declarou.

A greve, que começou no dia 27 de maio, recebeu apoio do Diretório Central dos Estudantes (DCE). Para a entidade, o ensino e a pesquisa estão sendo prejudicados. “As universidades já viviam no limite. Esse corte vai levar ao caos. A USP é responsável por 30% da pesquisa no Brasil. As três universidades estaduais paulistas são responsáveis por mais de 50%”, disse o presidente do Sintusp.

Além da pesquisa, alguns serviços oferecidos pela universidade, como o de saúde, foram afetados pelo corte de orçamento, informou o sindicalista. “O hospital universitário está tendo que suspender cirurgias porque falta material básico. Até fio de sutura, outro dia, não tinha. Teve que suspender cirurgia. Coisas absurdas que estão acontecendo numa universidade que era a melhor da América Latina e agora perdeu para outra universidade do Chile.”

Os grevistas devem seguir nesta segunda-feira, às 17h, para a Avenida Paulista onde faz uma passeata em solidariedade aos metroviários demitidos após a greve. O ato vai começar no Museu de Arte de São Paulo (Masp).

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