Por felipe.martins

Brasília - Enquanto a presidenta Dilma Rousseff era confirmada ontem candidata à reeleição, o presidenciável tucano Aécio Neves recebia o apoio do Solidariedade, comandado pelo deputado Paulo Pereira da Silva, e do PTB do ex-deputado Roberto Jefferson, um dos condenados no processo do mensalão.

Em nota, o PTB anunciou o rompimento com o governo Dilma e o apoio à candidatura de Aécio Neves. Segundo o presidente nacional do partido, Benito Gama, a convenção nacional do PMDB, que decidiu numa votação apertada por permanecer ao lado de Dilma, acabou influenciando o partido.

Além disso, explicou Gama, o ‘Aezão’, movimento no Rio de apoio a Aécio e ao governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), liderado por Jorge Picciani, presidente estadual do PMDB, também contou a favor do rompimento. O presidente do PTB disse que apenas as regionais de Alagoas e de Pernambuco não apoiaram a decisão de sair da coligação com a presidenta.

Na convenção do Solidariedade, em São Paulo, Aécio Neves afirmou não ficar constrangido por receber apoio de um partido liderado por um condenado no processo do mensalão. “O PTB expressa o sentimento da sociedade por mudanças e é um aliado federal tradicional do PSDB. Lá atrás, deu apoio ao presidente Fernando Henrique Cardoso no momento da estabilidade econômica, deu sustentação ao governo do presidente Lula e, nesse momento, busca um caminho de maior convergência”, argumentou o tucano.

A saída do PTB do arco de alianças de Dilma surpreendeu o PT. “É uma surpresa, evidentemente, mas nós temos certeza de que com aqueles que continuam conosco juntos, teremos força suficientepara vencer essa eleição”, disse o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. A decisão do PTB de apoiar a candidatura de Aécio deverá ser formalizada na sexta-feira, durante convenção do partido, em Salvador.

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