Por tamara.coimbra

Campinas - Uma quadrilha formada por aproximadamente 20 homens com armas pesadas roubou nesta segunda-feira aproximadamente R$ 80 milhões em celulares, tablets e laptops de uma fábrica da Samsung na Rodovia Pedro I, em Campinas (SP). Para levar os produtos, eles usaram, segundo a Polícia, sete carretas.

A invasão foi no fim da noite. Os assaltantes, com rostos tampados, interceptaram uma van com empregados da Samsung. Eles foram abandonados na estrada, e os ladrões usaram o veículo e os crachás dos funcionários para entrar na fábrica.

Carro da Polícia Militar entra fábrica da SamsungReprodução / EPTV

Dentro da unidade, renderam cerca de 200 trabalhadores, incluindo os vigilantes e seguranças, que ficaram sem armas e comunicadores, mas foram mantidos em seus postos de trabalho para não despertar suspeitas. Outros funcionários foram obrigados a entregar as baterias de seus celulares e trancados em uma sala.

Em seguida, o grupo abriu os portões da fábrica para um segundo grupo, que entrou com sete carretas. Os veículos foram carregados com, segundo a polícia, 40 mil equipamentos.

Câmeras de segurança registraram assaltantes, sempre com rostos cobertos, operando empilhadeiras para levar as caixas de equipamentos até as carretas e obrigando empregados a ajudá-los. O grupo deixou a fábrica por volta das 3h nas carretas, que seguiram por rodovias diferentes. Até a noite de ontem a polícia não tinha pistas dos assaltantes ou dos equipamentos.

Polícia suspeita que assaltantes tiveram ajuda de empregados da fábrica

O delegado Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Campinas, Carlos Henrique Fernandes, afirmou estar convencido de que os assaltantes conheciam bem o funcionamento da fábrica e contaram com a ajuda de empregados da Samsung para planejar o roubo. “Dificilmente um crime dessa magnitude poderia ser praticado sem a colaboração de alguém internamente”, afirmou o policial.

Ele classificou o crime como ousado, já que a segurança da fábrica é feita por homens armados, que foram rendidos e desarmados. Além disso, os assaltantes, segundo relatos de funcionários, procuraram evitar qualquer clima de pânico, não apontado armas para os reféns.

Fernandes disse estar convencido que a quadrilha já tem uma rede de receptação para receber o material roubado, provavelmente no mercado informal.Ele pediu imagens da câmeras de segurança da fábrica. Um dos objetivos é avaliar como os bandidos abordaram os empregados, já que um grupo foi trancado e outro levado com a quadrilha e depois libertado.

A Samsung divulgou nota em que manifestou preocupação com o roubo. A assessoria da empresa não confirmou o valor do material levado, porque ainda não fez o levantamento.

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