Brasília - Deputados e senadores iniciam nesta quarta-feira um período de férias prolongadas, só devendo voltar a trabalhar depois das eleições de outubro. É o chamado ‘recesso branco’. Apesar de ficarem longe de Brasília, os 513 deputados e 81 senadores continuarão a receber normalmente os salários de R$ 26,7 mil e todas as verbas vinculadas ao mandato.
Num plenário esvaziado, a Câmara aprovou ontem à tarde o recesso branco, a partir de amanhã. Pela lei, parlamentares deveriam trabalhar normalmente já que não conseguiram votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). A Constituição proíbe que eles entrem em recesso caso não aprovem a lei.

A Câmara fez, no entanto, uma manobra e aprovou requerimento, assinado pelos líderes de todas as bancadas, determinando que não haja sessões de votação até o dia 31. O recesso parlamentar, caso a LDO tivesse sido aprovada, iria de 18 a 31 de julho.
Em agosto e setembro, a Câmara continuará praticamente sem trabalho, já que a maioria dos deputados estará em campanha pela reeleição em seus estados. A ideia é fazer uma semana de esforço concentrado no início de agosto para votação de projetos de lei.
No Senado, o recesso foi decretado informalmente com a suspensão das sessões deliberativas da Casa. “Não há recesso branco porque o Congresso continuará funcionando. Vamos é compatibilizar o funcionamento com a realização das eleições. O que não haverá é ordem do dia”, afirmou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).