Por leonardo.rocha

São Paulo - Em seu primeiro ato de campanha em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, a presidenta Dilma Rousseff (PT) afirmou nesta quinta-feira que irá manter a política de valorização do salário mínimo. “Eu não fui eleita nem serei reeleita para reduzir salário de trabalhador”, disse Dilma, durante um evento com militantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em Guarulhos. A entidade, historicamente ligada ao PT, confirmou o apoio à reeleição da presidenta na segunda-feira.

No discurso recheado de frases de efeito, Dilma voltou a mencionar os “pessimistas” em relação à economia brasileira . Disse ainda que querem criar no país um “ambiente de quanto pior, melhor”. A presidenta aproveitou para fazer críticas à gestão de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) na Presidência, afirmando que não irá deixar o país “de joelhos”. “Não podemos voltar para trás e permitir que voltem aqueles que deixaram o Brasil três vezes de joelhos, em 1999, em 2001 e 2002, diante do FMI”, disparou.

Ao lado do candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, a presidenta garantiu também que não vai flexibilizar os direitos trabalhistas. “Nós não temos que ficar achando, de adaptar direitos trabalhistas. Nós temos que garantir que cada vez mais categorias tenham direitos. Flexibilizar é no mau sentido” disse.


Presidenta Dilma RouseseffMarcelo Camargo / Agência Brasil

Campos critica lideranças
O candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB) afirmou que o presidenciável Aécio Neves (PSDB) já dá demonstrações de que “vai se entregar à velha política”. Campos descartou a possibilidade de ter apoio de lideranças como as do senador José Sarney(PMDB), do presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB), e do senador Fernando Collor (PTB). “Vou botar aquelas raposas na oposição”, ironizou. Sobre Dilma, ele disse que as articulações para manter a governabilidade da presidenta estão levando o país para o “atoleiro”. Em Minas, Aécio negou que tenha convidado o ex-presidente do STF, Joaquim Barbosa, para compor seu governo.


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