Por bferreira

São Paulo - A invasão de ladrões a cemitérios de São Paulo para roubar objetos de valor em túmulos virou rotina, segundo o Serviço Funerário de São Paulo. Os ataques são geralmente durante a madrugada, e os bandidos roubam floreiras, bustos, portas e outros objetos feitos em mármore, bronze, latão e alumínio. Até alças de caixão são levadas pelas quadrilhas. Além das peças de enfeite, há preocupação com escultoras que decoram ruas dos cemitérios e os túmulos.

Entre os túmulos violados estão os dos escritores Monteiro Lobato, que escrever a série de livros do Sítio do Picapau Amarelo, e Mário de Andrade, autor do clássico do Modernismo ‘Macunaíma’, no Cemitério da Consolação, no Centro de São Paulo. Do túmulo de Andrade, foi roubada a porta do compartimento onde ficam seus restos mortais.

Do de Monteiro Lobato, um portão de bronze foi levado duas vezes. A peça chegou a ser recuperada pela polícia e recolocada, mas foi furtada de novo, em segundo ataque de bandidos. Também foi roubado um adorno floral feito de bronze.

Segundo levantamento divulgado ontem pelo portal da internet do jornal Folha de S. Paulo, desde janeiro de 2013 houve 600 roubos nos 22 cemitérios de São Paulo. A média foi de um caso a cada dois dias. O mais visado foi o da Consolação, onde houve, no período, 220 roubos registrados.

Segundo a direção Serviço Funerário de São Paulo, como os ataques são feitos de madrugada, muitas vezes o roubo só é percebido dias depois. Os cemitérios não contam com vigilância permanente, e a instituição responsável por eles alega que pede à Guarda Civil Metropolitana e a Polícia Militar que aumente as rondas no entorno dos cemitérios.

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