Por felipe.martins

Brasília - Meire Poza, ex- contadora do doleiro Alberto Youssef, preso pela Operação Lava Jato por lavagem de dinheiro, contou, em depoimento publicado na edição deste fim de semana da revista ‘Veja’, que mandou malas de dinheiro a políticos. Segundo ela, as quantias saíam de pelo menos três grandes empreiteiras para deputados e senadores do PT, do PMDB e do PP.

Entre os beneficiados com a propina, ela citou os deputados André Vargas e Luiz Argôlo, que eram do PT e do PP e foram expulsos dos partidos após a divulgação do envolvimento com o doleiro. Eles são processados pela Comissão de Ética da Câmara dos Deputados. Meire acusou também o senador Fernando Collor (PTB-AL), que teria recebido R$ 50 mil, e o deputado Cândido Vaccarezza, que recebeu, segundo Meire, ajuda para quitar dívidas da campanha eleitoral.

O doleiro Alberto Youssef está preso acusado de comandar quadrilha especializada em lavar dinheiroagência estado

A ex-contadora contou ainda que Vargas era um dos principais colaboradores de Alberto Youssef na lavagem de dinheiro. Além disso, disse ela, vários prefeitos participavam do esquema em troca de 10% dos recrusos desviados pelo doleiro.

O deputado Cândido Vaccarezza negou ter recebido qualquer ajuda de Youssef. Ele disse que nunca esteve com a contadora e que nenhum assessor seu fez contato com ela ou com o doleiro.
Procurado, o senador Fernando Collor não quis comentar a denúncia contra ele. Ao saber do assunto, ele desligou o telefone.

O advogado de Vargas, Michel Saliba, disse que ele nega as acusações. E o defensor de Argôlo, Aluísio Corrêa Régis, alegou que só o representa na Comissão de Ética para evitar falar sobre as denúncias de Meire. As direções do PMDB e do PT não se manifestaram.

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