Por tamara.coimbra

Paraná - As negociações com os presos para o fim da rebelião na Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC), no Oeste do Paraná, foram retomadas na manhã desta segunda-feira, informou a Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná (SEJU). Os detentos iniciaram o motim por volta das 7h deste domingo, onde exigem relaxamento nas visitas, mais diálogo com a direção da unidade e refeições melhores.

Presos quebraram telhas%2C queimaram colchões e danificaram celas da penitenciária de CascavelDivulgação / Sindarspen

Dois agentes estão sendo mantidos reféns pelo grupo responsável pela rebelião e não há informações sobre o estado de saúde deles. As negociações foram suspensas às 20h deste domingo. No total quatro presos morreram — dois foram atirados do telhado do presídio e outros dois decapitados. Até as 8h30 desta segunda, os corpos ainda estavam no interior do penitenciária.

De acordo com a Secretaria de Justiça, 145 presos que corriam risco de morrer já foram transferidos para outros estabelecimentos prisionais do estado. Um levantamento preciso dos estragos na unidade só será feito após os agentes serem libertados e a rebelião encerrada, mas a secretaria estadual confirma que boa parte da penitenciária de Cascavel foi danificada, pois os presos quebraram telhas, queimaram colchões e danificaram celas.

Imagens veiculadas por vários órgãos de imprensa mostram detentos exibindo faixas e cartazes com o nome de uma organização criminosa presente em várias regiões do país. A assessoria da Secretaria de Justiça informou que não poderia confirmar se há lideranças da facção presas na unidade ou entre os presos já transferidos.

Com capacidade para 1.116 presos, a penitenciária de Cascavel mantinha 1.038 detentos no momento em que a rebelião foi deflagrada. Os presos já teriam ameaçado realizar a revolta durante a última semana. Apesar disso, apenas dez agentes penitenciários estariam trabalhando na penitenciária neste domingo.

Rebelião

A rebelião teve início no momento em que um agente foi entregar o café da manhã aos detentos. O trinco da grade estava serrado, o que permitiu aos presos puxarem o agente para dentro e darem início à rebelião. Segundo o advogado dos agentes penitenciários, apenas dez agentes estavam de plantão no presídio que é ocupado por mais de mil presos.

Com informações da Agência Brasil

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