Por tamara.coimbra

São Paulo - O contrato de compra do jatinho do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos não foi registrado em cartório e não cita informações sobre quem adquiriu a areonave. A informação é do jornal "Folha de São Paulo", publicadas nesta segunda-feira. Segundo a publicação, o documento, chamado carta de intenção de compra, que selou a negociação tinha apenas o valor — US$ 8,5 milhões (R$ 19 milhões), o local e a data (Recife, 15 de maio de 2014) da negociação.

Imagens do acidente que matou o candidato Eduardo Campos no litoral paulistaReuters

A carta foi entregue ao grupo Alexandre Andrade e Fabrício Andrade, da empresa A.F.Andrade, aos cuidados de Guilherme Vieira Machado.

Ainda de acordo com o jornal, a ausência do nome do comprador e indício de que dinheiro de caixa dois pode ter sido usado para comprar o jato. O PSB ainda não conseguiu explicar como foi feita a negociação. Na semana passada, o tesoureiro de campanha do partido, Márcio França, sugeriu que os documentos tivessem sido destruídos no acidente.

A candidata à Presidência pela sigla, Marina Silva, também ainda não deu explicações sobre a negociação. Em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, ela disse que a única informação que tinha era que o avião havia sido emprestado e que o dinheiro seria ressarcido depois da campanha. Quanto aos verdadeiros proprietários, disse: “Eu não tinha qualquer informação de ilegalidade sobre os proprietários do avião.”

Na semana passada, o JN revelou que uma peixaria e empresas fantamas foram usadas para fazer o pagamento de R$ 1,7 milhão ao dono da aeronave.

Além do ex-governador, o acidente do dia 13 de agosto deste ano matou seis pessoas.

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