Por bferreira

Paraná - O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa entregou à Polícia Federal lista com nomes de 12 senadores, 49 deputados e um governador que, segundo ele, recebiam propinas por intermediar contratos de empreiteiras com a estatal. A porcentagem era de 3% do valor total da obra ou serviço.

Ele contou ainda que as principais empretiteiras do país formaram cartel que atuava em todas as áreas da estatal. Segundo Costa, nos nove anos em que esteve à frente da diretoria, a corrupção envolveu de funcionários de terceiro escalão da estatal a executivos.

Costa está depondo desde a semana passada como parte de acordo de delação premiada para tentar escapar da condenação por crime de corrupção. O acordo depende de aprovação do Supremo Tribunal Federal. Textos e gravações dos depoimentos serão examinados pelo ministro Teori Zavascki.

O ex-diretor da Petrobras optou pela delação premiada no dia 22 de agosto, quando a Polícia Federal, por ordem judicial, apreendeu documentos em empresas de um de seus genros. Além disso, a confirmação, pela Suíça, de que ele e parentes tinham 23 milhões de dólares (cerca de R$ 50 milhões) em contas no país, praticamente eliminou a possibilidade de escapar à condenação por corrupção e também por evasão de divisas.

Costa está preso desde 11 de junho na Casa de Custódia de Curitiba, suspeito de corrupção e de lavagem de dinheiro. Ele é acusado de agir em conjunto com o doleiro Alberto Youssef, que também está preso.

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