Por tamara.coimbra

Paraná - A Polícia Militar retomou na manhã desta quarta-feira as negociações com os presos rebelados da Penitenciária Estadual de Piraquara II (PEP II), na Região Metropolitana de Curitiba. A negociação foi interrompida às 21h desta terça-feira, mais de 12 horas após o início da rebelião. Dois agentes penitenciários são mantidos reféns, de acordo com informações da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná (Sejus). Sessenta e três detentos participam do motim e não há feridos, informou a secretaria.

A principal reivindicação dos presos é de que um muro seja construído para que os detentos faccionados, que pertencem a facções criminosas, fiquem separados dos demais. A penitenciária tem capacidade para 1.108 presos e, atualmente, abriga 1.035.

No último sábado, uma rebelião no presídio durou cerca de 24 horas e terminou após acordo entre o governo e os rebelados que previa a transferência de 43 presos. Segundo a Sejus, as transferências ocorreram logo após o acordo. Parte deles foi encaminhada para outras unidades dentro do Complexo Penitenciário de Piraquara. Na ocasião, dois agentes penitenciários também foram feitos reféns. A Penitenciária Estadual de Piraquara 2 é uma unidade penal de regime fechado e segurança máxima para presos condenados.

Em setembro, o Paraná também registrou rebelião na Penitenciária de Cruzeiro do Oeste. No final de agosto, uma rebelião na Penitenciária Estadual de Cascavel resultou na morte de cinco presos e outros 25 ficaram feridos. Na ocasião, as transferências foram uma condição imposta pelos detentos para pôr fim ao motim e liberar dois agentes penitenciários mantidos reféns.

O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen) marcou para esta quarta-feira, em Curitiba, uma assembleia geral extraordinária que terá como um dos itens da pauta de discussão a insegurança nos presídios.

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