Por victor.duarte

Paraná - O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa prestou depoimento na 13ª Vara da Justiça Federal, em Curitiba (PR), em uma das dez ações penais derivadas da Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF). A ação investiga as denúncias de desvios de dinheiro de contratos da Petrobras. Como assinou acordo de delação premiada, Roberto Costa é obrigado a responder todas as perguntas feitas pelo juiz Federal Sérgio Moro e pelos representantes do Ministério Público Federal (MPF).

Cumprindo pena domiciliar no Rio de Janeiro, depois de aceitar colaborar com as investigações, o ex-diretor da Petrobras foi levado nesta quarta-feira por agentes da Polícia Federal para a capital paranaense. Além de Paulo Roberto Costa, serão interrogados nesta quarta-feira nove réus da ação penal, entre eles o doleiro Alberto Youssef.

Ex-diretor da Petrobras foi levado, nesta quarta-feira, para a capital paranaense por agentes da PFAntonio Cruz / Agência Brasil

Depois de ouvir os réus, o juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações, poderá atender pedidos do MPF e das defesas para que sejam feitas diligências complementares. Após as diligências, o juiz abrirá novo prazo para considerações finais, tanto do MPF como das defesas dos réus, antes de anunciar a sentença da ação penal.

No último dia 30, por decisão do juiz Sérgio Moro, Paulo Roberto Costa ganhou o direito a cumprir prisão domiciliar. A decisão foi tomada em troca das informações prestadas por ele no acordo de delação, no qual Costa citou nomes de políticos que receberam propina do esquema investigado na Operação Lava Jato.

Deflagrada no dia 17 de março, a operação da PF descobriu esquema criminoso de lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos, que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões. O esquema, segundo a PF, era comandado pelo doleiro Alberto Youssef, que está preso no Paraná e também aceitou assinar acordo de delação em troca de redução da pena.

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