Mato Grosso do Sul - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, informou que 11 presos que integram organizações criminosas de Alagoas, do Ceará, da Paraíba e de Pernambuco foram transferidos nesta quarta-feira para a Penitenciária Federal de Campo Grande. O objetivo é evitar que os detentos continuem comandando ações criminosas de dentro dos presídios.
"Nunca se comprovou que exista comunicação direta entre presos do sistema federal e as organizações criminosas. Nossa experiência e nossas análises de inteligência demonstram que quando presos de organizações criminosas são transferidos para presídios federais, cessa fortemente a ligação e o comando que eles têm com seus respectivos estados”, afirmou o ministro.
De acordo com Cardozo, ações de inteligência da polícia identificaram que os transferidos comandavam, de dentro dos presídios, crimes como assaltos a bancos. O ministro disse que a transferência dos presos foi feita de forma integrada entre o governo federal e os estados e que foram usados centros integrados de comando e controle, a exemplo do que ocorreu durante a Copa do Mundo, disputada no Brasil no período de 12 de junho a 13 de julho deste ano.
A transferência é a segunda ação pós-Copa do Programa Brasil Integrado. A primeira foi a atuação articulada de combate ao crime organizado realizada nos estados do Nordeste, em setembro. Entre os dias 2 e 4 de setembro, a operação apreendeu 5,2 toneladas de explosivos e fez 374 prisões.
Cardozo informou que, nos próximos dias, outras ações do Brasil Integrado serão executadas. “Já temos planejamento com outras regiões para que possamos construir a cultura da integração das ações policiais, que é peça chave para o combate da criminalidade e do crime organizado no país.”