Paraná - Os presos da Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG), na região central do Paraná, fecharam um acordo com o governo do estado e encerraram nesta quarta-feira a rebelião que começou no fim da manhã da última segunda. Após 48 horas, nove agentes penitenciários e sete detentos foram libertados.
Até pouco antes do fim do motim, oito pessoas haviam ficado feridas, sendo cinco presos e três agentes que foram encaminhados a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. O relatório final, com a contagem de presos, quantidade de feridos e estado de saúde dos envolvidos, ainda será divulgado pela Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju) do Paraná. Porém verificou-se que os detentos danificaram o canteiro de trabalho, o setor de saúde e os telhados. Os demais locais estão intactos.
O motim começou por volta das 11h30 da última segunda-feira, quando cerca de 160 detentos eram conduzidos para um canteiro de trabalho no interior do presídio, quando alguns deles aproveitaram para render os agentes e outros presos. A PIG tem capacidade para abrigar 240 detentos, porém abriga 239.
A Seju informou que os rebelados concordaram em terminar a rebelião assim que 28 detentos fossem transferidos. Após o acordo, a secretaria deu início ao processo de transferência para outras unidades prisionais do estado e também de Santa Catarina. Os detalhes não foram divulgados por questão de segurança.
De acordo com a Polícia Militar, os detentos reivindicam ainda melhorias na alimentação e nas condições físicas. As solicitações estão sendo ajustadas.
De acordo com o Sindicato dos Agentes Penitenciários, esta é a 21ª rebelião no sistema penitenciário paranaense, desde dezembro de 2013. A assessoria da secretaria, contudo, ponderou que parte desses episódios foram motins menos graves que rebeliões, pois não há registro de consequências graves, como agentes e presos feridos com gravidade ou danos estruturais às unidades.
