Por victor.duarte

São Paulo - A tentativa da defesa de Roger Abdelmassih de suspender o julgamento que condenou o ex-médico a 278 anos de prisão em 2010 não surtiu efeito. Nesta quinta-feira, a 6ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu que irá mantê-lo na cadeia, além de ter acatado pedido do Ministério Público Estadual para retirar artigo da primeira condenação que permitiria a ele ficar no máximo 30 anos preso.

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Roger Abdelmassih confessa ter feito sexo com pacientes, mas nega estupros

Como os crimes pelos quais foi condenado impedem a concessão de benefícios ao longo do cumprimento da pena, Abdelmassih, 71 anos, só terá direito à liberdade condicional após ter cumprido 2/5 da pena. Ou seja, na prática, a prisão se torna praticamente perpétua, uma vez que supera os 70 anos.

Até a proliferação das denúncias de abusos sexuais de ex-pacientes, Abdelmassih era considerado um dos mais renomados médicos especialistas em fertilização in vitro do país. Ele foi condenado pelo estupro de 52 pacientes em 2010, mas fugiu do Brasil após o Superior Tribunal Federal (STF) ter lhe concedido um habeas corpus. Só foi preso no dia 19 de agosto, no Paraguai, após quatro anos foragido.

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