São Paulo - O volume de água armazenado no sistema Cantareira apresentou nova queda neste sábado, de 13,6% para 13,4% da capacidade total dos reservatórios, segundo dados da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). O índice já inclui a segunda reserva técnica, o chamado “volume morto”, que começou a ser contabilizado pela Sabesp na sexta-feira. Antes da adição da reserva, o nível do sistema estava em apenas 3%, o mais baixo da história.
Em nota divulgada na sexta-feira, a Sabesp informou, porém, que o volume adicional ainda não está sendo bombeado. Isso porque a companhia ainda conta com 28 bilhões de litros da primeira parte da reserva técnica.
Na semana passada, a ANA (Agência Nacional de Águas) informou que concordou com o pedido da companhia para usar a segunda cota do volume morto, por avaliar que a medida “se demonstra necessária em função da severa estiagem que levou à redução acentuada das vazões afluentes ao sistema equivalente neste ano”.
O site de monitoramento da Sabesp indicou uma pluviometria de 5,3 milímetrossobre a região do sistema. Ainda assim, no acumulado de outubro, o volume de chuvas sobre os reservatórios soma 30,5 milímetros, menos de 25% da média histórica para todo o mês.
Outros mananciais que abastecem a Grande São Paulo também apresentam uma situação crítica. O nível do Alto Tietê também rediziu ontem, de 8% para 7,8%. Desde o início deste ano, o manancial é usado para abastecer regiões antes atendidas pelo Cantareira. Conforme o site da companhia, não havia previsão de chuvas para ontem sobre todo o sistema.