Por bferreira

Brasília - A Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou ontem pedido do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) de que a presidente da Petrobras, Graça Foster, seja convidada a explicar detalhes de um acordo firmado pela empresa com o governo da Bolívia. O contrato, que prevê o envio de excedentes energéticos ao país vizinhos, custará ao Brasil, segundo o senador, 434 milhões de dólares (equivalentes a R$ 1,1 bilhão).

Graça FosterWilson Dias / ABR

Para justificar o convite, o senador peemedebista alegou que a Petrobras é uma empresa estratégica para o país e, de acordo com notícias publicadas na imprensa brasileira, o contrato com a Bolívia representará prejuízos para o Brasil. Segundo matéria publicada na Folha de S. Paulo citada por Ferraço, o acordo foi firmado em 2007 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mesmo contra a vontade da direção da estatal.

Apesar da decisão da Comissão do Senado, Graça Foster não está obrigada a ir ao Senado. Como foi aprovado apenas um convite, ela pode aceitá-lo ou recusá-lo.

Mas Ricardo Ferraço já anunciou que, se ela se recusar, pedirá que seja aprovada sua convocação. “Não descarto essa hipótese. São temas muito importantes para o país”, alega ele.

ESTATAL QUER OUVIR COSTA

A direção da Petrobras pediu à Justiça Federal do Paraná que autorize a sua comissão interna a ouvir o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa sobre as denúncias de esquema de propina.

O objetivo seria cobrar explicações sobre as possíveis irregularidades e desvios de recursos da construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, e do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaguaí.

O pedido da Petrobras é de que Paulo Roberto Costa, que está em prisão domiciliar no Rio de Janeiro, responda, por escrito, um questionário com 19 perguntas. A maioria é sobre licitações e contratos firmados pela empresa para as duas obras.

A comissão interna da estatal quer que Costa informe, por exemplo, quem participou de reuniões prévias com o consórcio vencedor da licitação para construir a refinaria de Abreu e Lima e quais foram os critério para aumentar o custo previsto.

Você pode gostar