Por tamara.coimbra

São Paulo - O ex-seminarista Gil Rugai, condenado a 33 anos e 9 meses de prisão pelo duplo homicídio qualificado do pai, Luiz Carlos Rugai, e da madrasta, Alessandra de Fátima Triotino, em 2004, se entregou à polícia na manhã desta quarta-feira em São Paulo. Rugai se entregou em casa e foi encaminhado para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Réu Gil Rugai chega ao segundo dia do júri popular%2C em São PauloReprodução Internet

Nesta terça-feira, a 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve decisão condenatória de Gil Grecco Rugai. A justiça determinou ainda a expedição de mandado de prisão imediata do réu.

O desembargador Luis Soares de Mello Neto afirmou: “esmiuçadas as teses defensivas e os depoimentos de todas as testemunhas, não se vislumbra, sequer nas minúcias, uma fagulha de prova que possa concretizar-se como evidência de que a decisão dos jurados tenha se dado manifestamente contrária”.

O crime

De acordo com o Ministério Público, Gil Rugai, então com 21 anos, teria aproveitado o silêncio da noite do dia 28 de março para se aproximar da casa dos pais, na rua Atibaia, em Perdizes, na Zona Oeste de São Paulo, e arrombar uma das portas a pontapés. Empunhando uma pistola calibre 380, o jovem matou o casal: Alessandra levou seis tiros e Luiz Carlos foi morto depois de receber cinco tiros nas costas.

Promotoria e Polícia Civil afirmam que as provas colhidas durante o processo colocam o estudante na cena do crime. Em vão, a defesa tentou provar que o acusado era inocente e que trabalhava na hora do crime.

Antes da decisão desta sexta-feira, a disputa judicial que durou nove anos e já prendeu e soltou Rugai duas vezes, colocou sob suspeita um juiz e uma promotora e gerou uma série de provocações entre defesa e Ministério Público.

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