Por clarissa.sardenberg

Rio - Preço, pré-venda, venda online, distribuição de senhas ou frequência de rede. Os motivos para o lançamento dos novos iPhones não atrair mais tantos fãs são variados. Na madrugada desta sexta, lojas de três das principais operadoras do Brasil, Claro, Tim e Vivo, mantiveram suas portas abertas para os fãs da Apple, que desta vez compareceram em menor número.

Lançado em setembro, o modelo mais básico do iPhone 6, com 16 GB de memória, custa R$ 3.199 no Brasil. Já o mais caro, o iPhone 6 Plus com 128 GB de memória, sai por R$ 4.399. Os preços são para versões desbloqueadas do aparelho, mas nas operadoras, o preços variavam.

Usuário de iPhone desde a primeira versão do aparelho, Raul Prebianchi Paladino, de 23 anos, bancário, foi um dos primeiros a comprar um iPhone 6 Plus, pouco minutos depois da meia-noite. Na Vivo, as negociações começaram por volta das 23h, mas para cumprir com a determinação da Apple de só vender iPhones no dia 14, os pagamentos foram efetuados depois das 0h01 de sexta-feira.

iPhone 6 é vendido nas lojas de três das principais operadoras do Brasil%2C Claro%2C Tim e VivoReprodução Internet

Fã do sistema iOS, Paladino contou ao iG que não pensa em trocar de marca, e que desde que viu a primeira apresentação de Steve Jobs sobre o smartphone soube que aquele seria o seu aparelho. "O iPhone faz as coisas do jeito que o usúario faria", explica. E mesmo com a morte do fundador da Apple, o bancário continua convicto sobre a sua escolha: "Tim Cook está na direção certa"

O jovem disse também que tentou comprar seu novo iPhone fora do País. A frequência de rede, que antes era um obstáculo, não é mais graças a expansão da rede 4G no Brasil. Porém, sem conseguir que alguém lhe trouxesse um aparelho do exterior, Paladino resolveu ir até o shopping comprar, ao contrário de alguns amigos que preferiram adquirir na pré-venda. "Eu queria ter ele logo, além disso, gosto do clima, da movimentação desses lançamentos". Diferente de outros anos, em que esperou de pé na fila, Paladino só precisou pegar uma senha quando chegou à loja, já de noite.

O parcelamento é um dos atrativos para os consumidores brasileiros. Mesmo Paladino, que quis comprar o aparelho fora do País, reconhece que essa facilidade ajuda bastante. Tantou que comprou seu iPhone 6 Plus no cartão. André Gomes Silva, motorista de 35 anos, foi um dos que se beneficiou dessa modalidade exclusiva do Brasil. Com o iPhone anterior já vendido, ele esperava gastar menos de R$ 2 mil por um iPhone 6 de 16 GB.

iPhone 6 começou a ser vendido na madrugada desta sexta-feira no BrasilReprodução Internet

Menos filas, mas não menos vendas

O pouco movimento nas lojas não assustou as operadoras. Lisa Folkerts, diretora regional da Tim, acredita que após tantos lançamentos as pessoas não estejam mais tão desesperadas para comprar um novo iPhone no dia que sai porque já sabe que no dia seguinte as lojas ainda terão os aparelhos. "Diferente do primeiros anos, hoje já temos um estoque bem maior, pré-venda, e isso da tranquilidade ao cliente que não quer ficar de pé na fila". Neste ano, apenas a Tim organizou filas de consumidores. Vivo e Claro distribuiram senhas ao longo do dia.

Mesmo com o valor alto de ambos os iPhones, Lisa acredita que a operadora não vai vender menos aparelhos. Segundo ela, talvez o preço tenha afastado alguns clientes que costumavam ir para a fila, mas não todos, logo as expectativas são boas.

Diretor de Marketing de Aquisição da Claro, Renato Alves Guimarães também acredita que o baixo movimento deste lançamento tem mais de uma explicação e que as vendas estão diluídas entre as várias opções de compras existentes. Este ano, por exemplo, foi o primeiro com pré-venda não só por operadoras, mas também pelo site da Apple e por varejistas. "O público-alvo da Apple sempre dá um jeito de comprar o aparelho", afirma o executivo.

Estratégias de venda

De forma geral, todas as operadoras e grandes varejistas lançaram promoções especiais para clientes interessados em comprar iPhones. A Fnac, por exemplo, está oferecendo desconto para quem levar seu aparelho antigo, mesmo que não seja Apple. Na Vivo, o smartphone antigo do cliente também é transformado em crédito, podendo chegar a R$ 1.500 de desconto dependendo do modelo e do estado de conservação do celular.

Já a Tim apostou em acessórios, além de uma promoção que dá desconto de R$ 100 para quem se cadastrar no site da operadora junto a um amigo. Capas de proteção exclusiva para os compradores de iPhones e uma caixa de som bluetooh acompanham os novos iPhones. A Claro, por sua vez, focou nas pessoas que querem, mas ainda não conseguiram comprar um iPhone. Em parceria com a seguradora Assurant Solutions, a operadora lançou o Claro Up, um programa que permite a compra do iPhone 6 ou do iPhone 6 Plus em 24 parcelas fixas debitadas diretamente com a conta telefônica.

Reportagem de Emily Canto Nunes

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