Por tabata.uchoa
Porto Alegre - Em meio a denúncias sobre o desvio de verbas e concluio de empreiteiros, políticos e funcionários para fraudar a Petrobras, a presidenta Dilma Rousseff festejou ontem seu aniversário de 67 anos na capital gaúcha. Dilma despistou a imprensa, que pretendia cobrir o evento, reforçando a segurança no prédio em que tem um apartamento, onde pôs cortinas no salão de festas para impedir a ação de curiosos. Mas o parabéns para você acabou sendo cantado na casa do seu ex-marido, o ex-prefeito de Porto Alegre Carlos Araújo.
Enquanto a imprensa esperava no prédio da presidenta%2C Dilma festejava 67 anos na casa do ex-maridoErnesto Carriço / Agência O Dia (12.12.2014)

A casa de Araújo é conhecido refúgio que a presidenta utiliza quando pretende descansar, mas no ano passado seu aniversário foi mesmo na sua residência. Na ocasião, porém, o ex-marido ofereceu um jantar a Dilma. A presidenta voltou para Brasília por volta das 17h.

Hoje Dilma recebe representantes do MST no Palácio do Planalto e, mais tardem, irá à posse da nova diretoria da Confederação Nacional da Agricultora, que é presidida pela senadora Kátia Abreu, cotada para assumir o ministério da Agricultura. Este será o terceiro mandato da senadora à frente da entidade.
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Holandesa diz que pagou US$ 102 milhões de propina
Novas revelações de pagamento de propinas na Petrobras envolvem diretamente o governo do ex-presidente Lula. Em acordo judicial, a empresa holandesa SBM confessou ter depositado pagamentos de até 10% em propinas para fechar 13 contratos de aquisição e aluguel de plataformas marítimas para a estatal, entre 2005 e 2011. O total de suborno pago a dirigentes chegou a US$ 102 milhões (cerca de R$ 280 milhões). As informações foram publicadas ontem pelo jornal ‘O Globo’.
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De acordo com o agente da SBM no Rio, Julio Faerman, 13 funcionários da Petrobras participaram do esquema, entre eles o ex-diretor Renato Duque e o gerente Pedro Barusco. Os dois, segundo ‘O Globo’, teriam assinado aditivo autorizando pagamento a mais de US$ 25 milhões para que a empresa holandesa antecipasse a entrega de navio-plataforma para que o ex-presidente o inaugurasse durante a campanha presidencial em outubro de 2010.
Já reportagem da ‘Folha’ informa que o Ministério Público Federal já dispõe de elementos suficientes para afirmar que Renato Duque — nome indicado pelo PT — captou cerca de R$ 650 milhões em propinas sobre contratos fechados de 2004 a 2012 com as seis empreiteiras que são alvo do primeiro pacote de denúncias criminais da Operação Lava Jato.
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Segundo o executivo Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, um dos delatores, às vezes o dinheiro de propinas era tão volumoso que precisava ser transportado em carro-forte, por orientação de Duque. O ex-diretor chegou a ser preso pela Polícia Federal, mas foi solto por liminar do STF.
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