Joe Biden, vice-presidente dos Estados Unidos, representou Barack Obama na solenidade que contou com a maioria dos líderes da América Latina
Por felipe.martins, felipe.martins
O vice presidente dos EUA%2C Joe Biden%2C cumprimenta Dilma RousseffReuters
Brasília - A solenidade de posse para o segundo mandato de Dilma Rousseff reuniu em Brasília 70 delegações estrangeiras, entre eles oito chefes de Estado, chefes de governo, vices e chanceleres. Onze países foram representados por seus vices, como o da China, Li Yuanchao, e o dos Estados Unidos, Joe Biden. O estadista americano, que veio no lugar do presidente Barack Obama, era o mais aguardado. Sua presença sinaliza uma reaproximação entre os dois países, abalada após a polêmica espionagem do governo e de empresas brasileiras por agentes da National Security Agency (NSA). Depois da cerimônia de posse, Dilma teve um encontro reservado com Biden. Com a repercussão do escândalo, a presidenta cancelou uma visita que faria à Casa Branca. A expectativa dos EUA é de que da conversa tenha saído uma nova autorização para que a ida de Dilma a Washington seja remarcada.
Entre os países vizinhos que enviaram líderes para a cerimônia estavam os presidentes José Mujica (Uruguai), Nicolás Maduro (Venezuela), Michelle Bachelet (Chile), Evo Morales (Bolívia) e Horácio Cartes (Paraguai). A presidenta agradeceu a presença dos líderes e reforçou que sua prioridade será ampliar os laços com as nações da América do Sul, América Latina, Caribe, além dos integrantes do Brics, bloco formado por China, Índia, Rússia e África do Sul, além do Brasil. Em seu segundo mandato, Dilma espera implementar junto com os países do grupo um Banco de Desenvolvimento e ainda disse que pretende dara mais ênfase às relações com a África, Ásia e nações árabes.
CURIOSIDADES
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FAIXA DE OURO
Símbolo do poder presidencial, a faixa que Dilma recebeu ontem — das mãos do chefe do Cerimonial da Presidência — tem o brasão da república bordado com fios de ouro. Na extremidade, a franja também é montada com correntes de ouro. E não é só: presa à roseta, há uma joia com diamantes e uma moeda (também em ouro) que traz o brasão. A faixa tem 15 centímetros de largura e também é usada nos desfiles de 7 de setembro. As especificações de uso e de formato estão em decreto de 1910, assinado por Hermes da Fonseca.
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HINO NACIONAL
A presidenta do Chile, Michele Bachelet, surpreendeu a todos, no início da cerimônia de posse, ao cantar o Hino Nacional Brasileiro em português. Bachelet explicou que aprendeu o idioma, aos 15 anos, no Instituto de Cultura, em Santiago. Além do hino, a presidenta sabe músicas brasileiras — ela diz ser fã de Roberto Carlos.
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TIETAGEM
No Congresso Nacional, antes do discurso de Dilma, os presidentes José Mujica (Uruguai) e Nicolás Maduro (Venezuela) foram abordados por parlamentares para tirar fotos.
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CARRO
Dilma usou, pela segunda vez, o famoso Rolls Royce, carro fabricado em 1952 e que transportou todos presidentes da República desde sua chegada ao Brasil. O primeiro mandatário a subir no automóvel foi Getúlio Vargas, durante cerimônia comemorativa do Dia do Trabalho. O Rolls Royce transportou ainda convidados ilustres, como a rainha Elizabeth II.
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INTERNACIONAL
A imprensa estrangeira destacou a posse. O jornal espanhol ‘El País’ publicou uma matéria na página principal do site com o título ‘Um Brasil cético aguarda a reinvenção de Dilma Rousseff’. O texto diz que o obstáculo da presidenta será enfrentar as consequências dos seus próprios erros. Já os periódicos americanos ‘The New York Times’ e ‘The Washington Post’ mostram que um dos desafios de Dilma será “reacender economia moribunda”.