Por clarissa.sardenberg

Rio - A oposição conseguiu o número necessário de assinaturas para a criação de uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os casos de corrupção e desvio de dinheiro na Petrobras. A Secretaria-Geral da Mesa Diretora da Câmara confirmou, nesta quarta-feira, que foram obtidas 182 assinaturas, das 171 necessárias para a criação da CPI. 

O próximo passo para a instalação da CPI é a leitura do requerimento no plenário pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Em seguida, os líderes partidários terão o prazo de até cinco sessões ordinárias para apresentar os nomes dos integrantes da comissão, como prevê o regimento da Casa. Se algum partido deixar de indicar os seus integrantes para a CPI, caberá a Eduardo Cunha fazê-la. Sem definir uma data, Cunha já avisou que fará o que prevê o regimento e determinará a instalação da comissão de inquérito.

A oposição considera a criação de uma CPI exclusiva da Câmara estratégica para diminuir a força do governo, maior no Senado. “A CPI da Câmara pode ter muito mais força. A CPI do Senado sempre é chapa branca”, disse o responsável por protocolar o pedido e líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP). Ele não descarta, no entanto, a criação de uma comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI).

Segundo Sampaio, uma das primeiras ações da oposição na CPI será pedir todas as provas colhidas pela CPMI Mista da Petrobras, encerrada em dezembro de 2014, inclusive os autos da Operação Lava Jato.

Líder do PSDB diz que CPI exclusiva da Câmara diminui força do governoAgência Brasil

Além da presidente Maria das Graças Foster, cinco diretores apresentaram renúncia em meio a um escândalo de corrupção envolvendo a companhia. A empresa não divulgou os cargos dos que apresentaram renúncia. Mas, de acordo com a agência de notícias Reuters, os diretores Almir Barbassa (Finanças), José Carlos Cosenza (Abastecimento), José Miranda Formigli (Exploração e Produção), José Alcides Santoro (Gás e Energia) e José Antônio Figueiredo (Engenharia, Tecnologia e Materiais) foram os que apresentaram renúncia de seus cargos.

Devem permanecer nos cargos os diretores de Governança, Risco e Conformidade, João Elek Junior, e de Corporativo e Serviços, José Eduardo Dutra, segundo fonte da agência.


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Com informações da Agência Brasil e Reuters

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