São Paulo - Do início de janeiro até o dia 24 a cidade de São Paulo registrou 1.304 casos de dengue notificados, dos quais 120 autóctones (originados na própria região). No mesmo período do ano passado foram 495 notificações e 45 casos autóctones - um aumento, portanto, de 163% nos números totais. Também foram registrados três casos de febre chikungunya na capital paulista, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pela Secretaria Municipal de Saúde.
Há estimativas de que, se continuar nesse ritmo, os registros de dengue neste ano, na cidade de São Paulo, ultrapassem em muito os números de 2014, quando a doença afetou 28.995 pessoas, com 14 mortes. A quase totalidade (97,7%) dos casos foram no primeiro semestre.

Para tratar de estratégias de combate à dengue haverá uma reunião, no próximo dia 12, envolvendo representantes da secretaria, diretores de postos de saúde e agentes com o objetivo de alertar os profissionais para o protocolo de sinais e sintomas, de modo a facilitar o diagnóstico o mais rápido possível, evitando a evolução da doença, que é branda, mas pode apresentar complicações se não for atacada adequadamente. A vacina contra a dengue está em desenvolvimento pelo Instituto Butantã, e só há previsão de que esteja pronta em 2017.
De acordo com o secretário adjunto de Saúde, Paulo Puttini, todos os profissionais dos postos de saúde serão orientados a identificar rapidamente os sinais e sintomas por meio de uma classificação de risco determinada pela Secretaria.
“Essa é uma medida que nos prontos-socorros pode acelerar o atendimento. E tudo depende do volume de procura. Mas estamos preparados para o atendimento, que deverá ser distribuído em nossa rede. Todos os hospitais estão obrigados a atender o paciente com suspeita de dengue”, segundo ele.