Por thiago.antunes

Brasília - Em nova ação da Operação Lava Jato, a Polícia Federal apreendeu, R$ 3,2 milhões. O valor é o segundo maior desde o início da operação, que recolheu mais de R$ 5 milhões em março do ano passado. A nova etapa foi deflagrada na última quarta-feira. Em nota, a PF informou que foram encontrados R$ 1,276 milhões, 53 mil euros, 629 mil dólares e 52 pesos argentinos.

Advogados da Arxo: Ex-funcionária se vingou

O advogado de defesa dos diretores da empresa Arxo, presos nesta quinta-feira na nona fase da Operação Lava Jato, declarou que as acusações decorrem de vingança de uma ex-funcionária do departamento financeiro, demitida por desviar cerca de R$ 1 milhão. Ela teria envolvido os dirigentes da empresa com o pagamento de propina a dirigentes da Petrobras.

De acordo com o Ministério Público Federal três executivos são acusados de pagar propina para obter contratos com a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. Com sede em Santa Catarina, a empresa fabrica tanques de combustíveis e caminhões-tanque.

Os recursos apreendidos pela Polícia Federal na Arxo estavam divididos em reais%2C dólares e eurosDivulgação

Segundo o advogado Leonardo Pereima, os sócios da empresa nunca pagaram propina para a Petrobras e não tiveram contato com o ex-gerente da estatal Pedro Barusco e com o ex-diretor de Serviços Renato Duque.

"Aproximadamente três meses atrás foi que a Arxo descobriu que a funcionaria desviava dinheiro da empresa. Imediatamente ela foi demitida e os advogados estão tomando medidas contra essa funcionária", disse.

Nesta quinta, foram presos no município catarinense de Itajaí Gilson Pereira, sócio da empresa, e Sérgio Ambrósio, diretor financeiro. Outro sócio da empresa, João Gualberto Pereira teve mandado de prisão expedido pela Justiça, mas estava nos Estados Unidos. Segundo a defesa, ele deve se apresentar na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba no final da tarde. Pereira não é considerado foragido.

PF procura foragido no Rio de Janeiro

A Polícia Federal ainda tenta cumprir o mandado de prisão contra Mário Frederico Mendonça Goes, investigado na nona fase da Operação Lava Jato. Morador do Rio de Janeiro, ele está foragido desde a quinta-feira.

Segundo o MPF, ele usava o mesmo estratagema do doleiro Alberto Youssef e de Fernando Baiano, recolhendo propina de empresas privadas para agentes da estatal e ocultando a origem dos recursos. Goes apareceu nas investigações em delação premiada do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco e no depoimento de Cíntia Provesi Francisco.

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