São Paulo - A Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram nesta quinta-feira a “Operação Bemol" com o objetivo de desarticular uma organização suspeita de desenvolver esquema internacional de lavagem de dinheiro e evasão de divisas entre o Brasil e Paraguai. Ação é realizada desde a madrugada desta quinta no Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul.
Segundo a Receita Federal, estão sendo cumpridos sete mandados de prisão preventiva e 34 de prisão temporária, além de 25 mandados de condução coercitiva, quando o suspeito é levado para prestar depoimento, e 68 mandados de busca e apreensão. Participam da operação 30 servidores da Receita Federal e 230 policiais federais.
Até as 9h, a PF não tinha apresentado um balanço sobre as prisões. As prisões temporárias têm prazo de cinco dias e podem ser prorrogadas pelo mesmo período. Já as preventivas não têm prazo pré-definido.
As empresas controladas pela organização investigada movimentaram mais de R$ 600 milhões de origem ilícita. As investigações identificaram a utilização, pelo grupo suspeito, de contas bancárias de diversas empresas, em geral fictícias, para receber grandes valores de pessoas físicas e jurídicas de diversos estados brasileiros, interessadas em adquirir mercadorias, drogas e cigarros provenientes do Paraguai.
O grupo investigado era responsável por conferir aparência lícita a recursos financeiros de origem supostamente criminosa e, também, por levar o dinheiro ao Paraguai. Além disso, para atender as exigências de “doleiros” paraguaios, realizava também a transferência de parte dos ativos ilícitos para contas bancárias brasileiras controladas por tais “doleiros”.