Por victor.duarte

Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou que o ministro da Educação Cid Gomes pediu demissão à presidente Dilma Rousseff nesta quarta-feira. O ministro havia feito um apelo aos deputados na tribuna da Câmara para que os "oportunistas larguem o osso e saiam do governo".

No plenário, o presidente da Câmara anunciou. "Comunico à Casa o comunicado que recebi do chefe da Casa Civil comunicando a demissão do ministro da Educação, Cid Gomes".

A Presidência da República divulgou nota oficial após a demissão. "O ministro da Educação, Cid Gomes, entregou nesta quarta-feira, 18 de março, seu pedido de demissão à presidenta Dilma Rousseff. Ela agradeceu a dedicação dele à frente da pasta".

Ex-ministro da Educação, Cid Gomes, pediu demissão à presidente Dilma Rousseff nesta quarta-feira (18)Agência Brasil

Cid Gomes foi à Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira, para explicar declarações que deu em evento na Universidade Federal do Pará, de que há no Congresso Nacional “400 ou 300 achacadores” que se aproveitam da fraqueza do governo para levar vantagens. Cid Gomes disse que essa não é sua “opinião pública” e que a fala foi feita a estudantes dentro da sala do reitor após ser questionado pelos estudantes sobre a falta de dinheiro para a educação.

Líderes partidários da base governista e da oposição criticaram duramente as declarações e a postura do ministro no plenário da Câmara e pediram a saída dele do cargo. O líder do PMDB, Leonardo Picciani, afirmou que não havia outra saída para Cid Gomes e demonstrou apoio do partido à demissão.

"Não esperávamos outra atitude que não fosse essa. O que ele demonstrou aqui foi falta de formação democrática, de formação republicana. Ele saiu daqui como um fanfarrão porque veio aqui, falou o que quis, ouviu o que não quis, saiu como menino mimado. Fiquei com uma péssima impressão dele como homem público. Agente incapaz de exercer a função pública", declarou Picciani.

Ex-ministro da Educação%2C Cid Gomes explica fala sobre parlamentares na Câmara dos DeputadosFabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil


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