São Paulo - A exclusão de Suzane von Richthofen da herança dos pais foi oficializada pela Justiça de São Paulo neste mês. Com isso, o patrimônio de Manfred e Marísia von Richthofen, assassinados em 2002, será transferido em definitivo para o irmão de Suzane, Andreas Albert. Na época os bens do casal estariam avaliados em cerca de R$ 3 milhões, o que estaria girando atualmente em torno de R$ 10 milhões.
Suzane foi condenada a 39 anos de prisão por participar da morte dos pais junto com os irmãos Daniel e Christian Cravinhos. Na época ela era namorada de Daniel. Os irmãos cravinhos também foram condenados pelo crime e cumprem pena em regime semi-aberto.
A decisão sobre a herança foi tomada em 2011 e ratificada pelo juiz José Ernesto Souza Bittencourt, da 1ª Vara da Família e Sucessões, no dia 12 de março deste ano. Na ocasião, Bittencourt considerou Suzane desmerecedora de partilhar os bens com o irmão, sendo assim, oficializando a sentença.
"(...)determinou a exclusão, por indignidade, da herdeira Suzane Louise von Richthofen, relativamente aos bens deixados por seus pais, ora inventariados, defiro o pedido de adjudicação formulado pelo único herdeiro remanescente, Andreas Albert von Richthofen”, escreveu o juiz.
Em 2014, Suzane já havia aberto mão da herança dos pais, de acordo com um documento. No mesmo relatório, a detenta relatou que tem interesse em ver o irmão Andreas, que não fala com ela. Em fevereiro do ano passado, a presa teve um pedido negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) para receber pensão alimentícia do espólio dos pais.
Suzane está detida na Penitenciária de Tremembé, interior de São Paulo. Ela negou, em agosto do ano passado, o benefício para ir ao regime semiaberto alegando questões de segurança se saísse da prisão para trabalhar.