Por victor.duarte

São Paulo - Terminou sem acordo mais uma reunião entre professores paulistas em greve e o secretário estadual de Educação, Herman Voorwald, nesta quinta-feira, na sede do órgão, no centro da capital. A paralisação já dura 42 dias.

Após a reunião, um grupo de professores tentou ocupar o prédio do órgão e foi reprimido pela Polícia Militar (PM) com gás de pimenta. Neste momento, os professores fazem passeata pela região central. De acordo com o Sindicato dos Professores no Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), importantes vias da cidade devem ser bloqueadas nesta tarde.

Negociação entre governo de São Paulo e professores termina sem acordoLuiz Claudio Barbosa / Parceiro / Agência O Dia

A presidenta da entidade, Maria Izabel Noronha, lamentou que em mais um encontro com o gestor da pasta não se tenha avançado em uma proposta que garanta a valorização dos docentes e o encerramento da greve. Na avaliação dela, o governo estadual adotou a posição de não apresentar nenhuma proposta enquanto os professores estiverem em greve. “A nossa posição é de continuidade de greve. Não tem jeito. A tendência é radicalizar, não tem outra coisa”.

A categoria reivindica um aumento salarial de 75,33%. “Não vamos acabar com a greve. Ainda temos zero”, declarou a presidenta. Os professores pedem também a redução do número de alunos por sala para um máximo de 25 estudantes por classe.

Izabel critica a política de bônus como principal meio para a valorização profissional. De acordo com ela, o bônus foi uma opção do governo, mas que só beneficia uma parte da categoria e não é incorporado ao salário-base. A estimativa da Apeoesp é que 60% dos professores tenham aderido à greve.

Reportagem de Camila Maciel

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