Itália - O governo da Itália autorizou a extradição do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no processo do mensalão a 12 anos e 7 meses de prisão. O ministro da Justiça italiana, Andrea Orlando, deu o parecer favorável na manhã desta sexta-feira.
A Justiça do Brasil terá 20 dias para levar o ex-diretor à Penitenciária de Papuda, em Brasília. Uma equipe da Polícia Federal deve ser mandada à Itália para acompanhar Pizzolato na viagem de volta ao Brasil.
Brasil recorre à corte italiana para obter a extradição de Henrique Pizzolato
Condenado no mensalão, Henrique Pizzolato é preso na Itália
Brasil assume compromisso para extraditar Henrique Pizzolato
Pizzolato foi preso em fevereiro do ano passado e condenado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato por ter facilitado o pagamento fraudulento de contratos de publicidade feitos entre a DNA Propaganda, de Marcos Valério, e o Banco do Brasil. O ex-diretor teria fugido pela Argentina em um voo para Madri e, em seguida, seguiu para a Itália. Ele utilizou o passaporte de um irmão morto em um acidente de trânsito.
Pizzolato tem dupla cidadania e não podia ser extradidato. O próprio comunicou a fuga, em carta divulgada pelo advogado Marthius Sávio Lobato, no dia seguinte à ordem de prisão decretada pelo Supremo Tribunal Federal, em 15 de novembro do ano passado.
No dia 11 de abril, o ministério da Justiça confirmou que havia finalizado o documento que seria encaminhado ao governo da Itália com propostas que terão que ser cumpridas para trazer ao país o executivo condenado no processo do mensalão.